quarta-feira, maio 17, 2006

A Propósito da Verdade

5 comentários:

Olavo disse...

O Sr. Piu Piu, era um passarinho de gaiola, desde sempre habituado as lides de uma vida sossegada, tranquila, onde a comida aparecia sempre, pela mão de um humano, e onde o divertimento máximo era cantar a pedido, acompanhando os mais variados assobios, que o punham a prova constantemente.
Um dia, recebendo uma mensagem, vinda através de pombo-correio, de seus amigos Sr. Peixinho e Mna Alguinha, o Sr. Piu Piu, teve pela primeira vez vontade de sair da gaiola. Após ler a carta, que mencionava, grandes extensões de mar e areia fina, que se fundiam no horizonte, num pequeno ponto distante.A agua, que era tão cristalina, que se via o fundo, mesmo quando era, bem, bem profundo.Nesse dia deu-se um click,e o Sr. Piu Piu, não mais cantou, nada mais disse, estava aluado, pensativo, sonhador…os dias passaram, sem nada para dizer, nada para cantar, sem vontade de comer, a sua cor viram murchar.
Os donos, preocupados, levaram Sr.Piu Piu, a um especialista, que lhes disse, aquilo que eles não queriam ouvir, está para breve, o final deste belo companheiro.
Chorosos, mas conscientes da sua missão, ao saírem do consultório, os donos de Piu Piu, abriram a gaiola e disseram-lhe, vai, vai, vai em busca de tudo aquilo que não conheces, vai em busca do mundo real, em busca da verdade.
Sr. Piu Piu, como que entendendo as vozes de seus donos, ergueu-se, e esvoaçou rumo ao infinito, para nunca mais voltar.
Se a verdade encontrou, não sei, e provavelmente nunca descobriremos, mas pelo menos, não deixou de tentar, assim que lhe deram oportunidade…

Neptuna disse...

Está visto! Claro que está! ... Temos que soltar os passarinhos e as passarinhas que vivem em nós.. (isto dito desta maneira..)

Depois de ter andado a brincar com este cartoon, e depois de o ter postado… é que me apercebi do erro gravíssimo que tinha cometido. Sim, eu sei que há a possibilidade de retirar o post do blog nas opções de edição dos posts. Mas, convenhamos... errar é humano. E como CSA convicta que sou, achei por bem deixar o post

Na altura pensei... ora aqui está um cartoon que poderá ser brilhantemente explorado do ponto de vista esotérico… oculto... Olhei para a gaiola... um objecto cheio de um simbolismo profundo, uma porta aberta também ela carregada de muitas possibilidades de interpretação e um Piu Piu esborrachado numa janela … (não venham com coisas que isto também tem muito, mas muito que se lhe diga), e pensei: “isto é incrível. Como é que ninguém vê o simbolismo da coisa?!?”

Claro, isto personifica o nosso estar físico, emocional e espiritual. Todo ele enclausurado numa redoma gradeada com um porta está aberta (lá está o simbolismo da gaiola). Uma porta que nós insistimos em não querer ver aberta, uma porta que nós temos medo de passar, uma iniciação que temos medo de não conseguir conquistar. Mas que está sempre aberta, disponível para que o nosso Eu (a alegoria do Passarinho) possa sair e explorar caminhos e possibilidades… até se deparar com outra iniciação (a metáfora incrível do vidro invisível). Ou simboliza a nossa eterna busca da verdade, quando no fundo a verdade existe em nós… muito embora possamos pensar que ela ande por aí, perdida… fugida de nós.”

Mas pronto… logo percebi… que é o que é: é a história de um Piu Piu que aproveita o facto da gaiola ter-se aberto para sair de lá. Ao fugir olha para trás para ver se alguém o persegue e espeta-se no vidro. Fim.

Lita disse...

Cara Neptuna... não, não pode... aliás, pode, mas não deve... enfim, até deve, mas na verdade, raramente o que é é o que é...

A verdade...
Os contornos da verdade e das gaiolas, e dos vidros.
Olhei eu para o teu post e fiquei com pena do passarinho esparrachado no vidro (coisa, que, por sinal, acontecia várias vezes com a minha gata Mara, quando resolvia ia à rua e não se apercebia que a janela estava fechada. Ela ficava com um ar muito parecido ao teu pobre passarinho. Imagino hoje qual seria a verdade dela acerca das possibilidades de se ir à rua.)
No entanto, olho para o pequeno desenho (profundíssimo) e o que vejo é uma busca pela verdade - que, sim!!!!, procuramos, e uma prisão - agora sim, vem a parte realmente bonita!!!!! :)
A gaiola é a prisão na qual espetamos todas as nossas queixas. O local onde apontamos o dedo e dizemos:
- Pois é! Cá está o responsável por eu não encontrar a verdade. É ela- esta gaiola que não me deixa sair. Não tem a ver comigo. Eu procuro a verdade assim que a merda desta porta se abrir. Mas não posso. Estou aqui dentro presa.

Porém....

Quando - e se, a gaiola finalmente se abre, deparamo-nos com uma janela fechada. A verdade está lá, mas não conseguimos atravessar a barreira da procura. E o vidro é o que de facto sempre lá esteve. As limitações impostas pelas nossas próprias crenças. Aquilo que não nos deixamos a nós mesmos atravessar.

Por isso, quantos de nós preferem estar numa gaiola, e se sabotam para de lá não sair - para não ter de deparar com a verdade de não nos permitirmos chegar à verdade!!!!????

Claro que também poderia ser apenas um pássaro esparramado num vidro fechado... de facto!!!

Anónimo disse...

Well...Sempre me interroguei o porque de tantas metáforas para exprimir o óbvio afinal...O passaro estava preso, a gaiola abriu-se e ele tentou 'xispar' para ver se apanhava um "passarinha" (afinal até as formigas gostam) a meio deparou-se com um contraceptivo high tech tipo internet no qual podes ver, falar mas nãã podes tocar e CRASH! esparrachado no vidro!!!! that's simple!

Antn
---

Ocam's Razzor!

Arco-Íris disse...

Pois caras amigas csa's, eu tb exprimentei, tal como o passarinho abrir a portinha da gaila, e bazar , voar, ir de encontro à minha verdade, ao meu sonho.
Obrigada pelo post neptuna, pois é sem dúvida 1 bom aviso, para eu ter cuidado com os vidros, ou melhor com os espelhos, que se me deparam neste meu voo de liberdade. Assim sendo vamos ver se não me esparramo, tal como o passarinho do desenho no vidro, ou no espelho! Ou, talvez quando encontrar o espelho, em vez de me esparramar, vou antes apreciar-me, olhar-me, sentir-me, ver-me e Amar-me.
Piu, piu...